Tecedura! Peregrina do ser #5

Encontrei no meu Diário da Terra alguns experimentos de escritas, frases que ganham melodias quando relidas.

É só mais um caminho sozinha,

o corpo esquenta a medida que os passos são entregues,

como se um fio puxasse a sonoridade do seu peito intensificando o pulsar do seu coração, fazendo com que seus pés saíssem do chão.

Achava-se só, 

mas encontrou acolhimento no espaço que a enredou em uma nova dança.

Destemida enrolada no fio que tece seu peito,

teceu a repetida trama ao abismo.

Enquanto caia sentia a suavidade do solo que impulsionava a sua subida, 

o abismo se fazia raso,

a cada mergulho encontrava um abraço na sua volta,

embora o molde do encaixe aprisiona o instinto,

enquanto tecia a sua repetida trama ganhava nos abraços entrelaçados ritmo a sua respiração.

O fio se parte

Tencionada repetidas vezes não aguentou a flexibilidade do imediatismo,

precisava partir, e rompeu.

Ela segue sozinha sentindo a sua dança nas entrelinhas, observando o céu azul no fundo do abismo.

Escrita 30/05/2022

2021 – Foto: Taís Urquizar

Outono já sinto a sua potência, retornei ao meu Diário da Terra do ano passado e observei as repetições de aprendizados, o corpo sentia como o hoje sente a renovação. Convidada a viver a adaptabilidade e aceitar a impermanência. O corpo aprende com as novas informações, adaptada o entorno para que o novo seja sustentado em equilíbrio. 2023 promete muitas novidades!!!

Com Amor

Marthina

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