Tecedura! Peregrina do ser #5
Ela segue sozinha sentindo a sua dança nas entrelinhas, observando o céu azul no fundo do abismo.
Ela segue sozinha sentindo a sua dança nas entrelinhas, observando o céu azul no fundo do abismo.
…Cultivei um jardim no cimento, para proteger o meu casulo, e hoje eu o abro! É hora de bater asas!
Escrevo hoje, sobre uma corpa que reproduz suas dores a cada menstruação,
com cuidado coloco emplastos nas feridas até elas cicatrizarem.
Interrupção da fantasia, um choque de realidade, um disparo que transforma o mantra em gritos, a bolha do amor e a bolha do medo encontram-se no ar – a visão binária desse encontro ficou turva, confundiu a própria crença, parece não haver diferença entre as duas.
Sempre que o sussurro se aproxima, a inquietude chega com ele, sei que já é o tempo da mudança acontecer. O caminho é incerto aos olhos da mente, mas os passos são certeiros, a cada passo entregue o caminho começa a ser feito.